Desconcerto ou Paradoxo?

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Vazio Homem

A Chuva

Vejo a chuva pela janela.

Ela traz o vento ateu, para que sussurre nos meus ouvidos.

Abro a porta e vou ao encontro perfeito.

Sinto cada gota pertencentes a mim neste exato momento.

Faço-me em mil pedaços,

Faço-me multiplicidade.

Fico parado, deixo ela me domar.

-Faça tudo comigo, só não me abandone neste momento.

-Não vá, castiga-me, mas peço a sua sincera companhia.

A noite se torna mais íntima.

A chuva purifica, tornando a verdade menos dolorida.

Ela é minha sobrevivência.

Ela cai pelos meus lábios como se fosse vinho.

Está cada vez mais doce a sua campanhia,

mas como todos os amores, ela se vai.

Não sei quando ela volta.

Volto para casa, e deparo com um grande monstro: A REALIDADE.

Lágrimas

Lágrimas caem pelo meu rosto,
outra vez vago pelo pensamento.
O reflexo que o espelho mostra,
é apenas uma ideia contraditória de mim mesmo.

O gosto dela é salgado, mostrando o sal de cada sentimento que carregamos.
A fraqueza me abate, diante dessa água que se desfaz pelo meu rosto.
A minha face de babaca se mostra diferente agora,
com os olhos vermelhos o sono me persegue, a insônia assume esse regresso.

Fico no quarto escrevendo situações sem nexo.
Fico perplexo com a realidade outra vez.
Lágrimas caem pelo meu rosto novamente.

APENAS TRISTEZA

Olhar distante, minha perdição.
Como se fosse o único a sentir isso,
Nessa Selva De Pedras
de
Mágoas
e
Paixões

Espinhos desta Natureza me fazem sangrar,
Tornando-me mais forte como um Titã.
Com esses sentimentos
de
Morte
e
Medo

Esqueço de certas pessoas que aumentam a minha perspectiva de tristeza.
Deixo outras entrarem, para que eu absorva outros sentimentos mediocres
essênciais para o aperfeiçoamento da bela e misteriosa Alma.

Olhar distante, minha salvação.
Esqueço de tudo, transformo agora
A minha linda tristeza
em
pedras,
flores e espinhos.