Vejo a chuva pela janela.
Ela traz o vento ateu, para que sussurre nos meus ouvidos.
Abro a porta e vou ao encontro perfeito.
Sinto cada gota pertencentes a mim neste exato momento.
Faço-me em mil pedaços,
Faço-me multiplicidade.
Fico parado, deixo ela me domar.
-Faça tudo comigo, só não me abandone neste momento.
-Não vá, castiga-me, mas peço a sua sincera companhia.
A noite se torna mais íntima.
A chuva purifica, tornando a verdade menos dolorida.
Ela é minha sobrevivência.
Ela cai pelos meus lábios como se fosse vinho.
Está cada vez mais doce a sua campanhia,
mas como todos os amores, ela se vai.
Não sei quando ela volta.
Volto para casa, e deparo com um grande monstro: A REALIDADE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário